6.05.2009

Arte | Pancho Guedes no museu Berardo


Está a decorrer no Museu Berardo a exposição retrospectiva do arquitecto Pancho Guedes, Vitruvius Mozambicanus.
“Nesta exposição, Pancho Guedes reúne a sua prodigiosa e original produção de desenhos, quadros e esculturas e mostra como estes contribuíram para as formas, as ideias e o espírito das muitas arquitecturas diferentes e pessoais que criou. A sua ligação com África, sobretudo com Moçambique, permitiu que Pancho se libertasse dos constrangimentos mais restritos das ideias habituais sobre a arte”, lê-se no convite enviado. "
Com uma pintura do próprio em nova versão de 2008, chamada Corte habitado do Leão que Ri com crocodilo. O Leão que Ri é uma das suas mais famosas casas construídas. No primeiro piso dormem o arquitecto e a mulher, Dori. No 2º piso parece-me ver-se o projecto para um centro de arte de 1954, não construído - mas encontro uma referência vinda de 1987 que identifica "três obras primas Estiloguedes: as fachadas do Núcleo d'Arte, do Leão-Que-Ri e da Padaria Saipal". No último piso estão as grandes cabeças que fez em Veneza em 1975, com uns 7 ou 8 metros de altura e colocadas à entrada dos antigos armazéns de sal (os Magazzini del Sale at the Zattere, na bienal directed by Vittorio Gregotti).

Pancho Guedes (n.1925, Lisboa) estudou em S. Tomé e Príncipe, Guiné, Lisboa e Lourenço Marques (actual Maputo). Foi em Moçambique que realizou as suas obras mais significativas, durante as décadas de 50 e 60.
Em 2007, Pancho Guedes, juntamente com Ricardo Jacinto, compôs "Lisboscópio", a mostra que representou o país na 10.ª Exposição Internacional de Arquitectura da Bienal de Veneza.
A Exposição Vitruvius Mozambicanus estará patente no Piso 2 do Museu Berardo até 16 de Agosto.
A entrada é livre.
Le.iti

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